Com sua a trajetória na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Suzano, iniciada em 2003, a diretora-geral Claudineia Machado comemora, neste mês, seus 20 anos trabalhando na associação.
A diretora, de 59 anos, conta que começou na Apae como inspetora e que, desde o primeiro momento que pisou na instituição, sentiu que ali era seu lugar. “Eu não tive a oportunidade de estudar quando era adolescente e, a partir do momento que eu cheguei na Apae, vi que era isso mesmo que eu queria, trabalhar à favor da pessoa com deficiência. Então, decidi estudar. Estudei Pedagogia, gestão escolar, neuropsicopedagogia e clínica institucional. Acho que, quando a gente ama o que faz, queremos aprender cada vez mais”, relata.
Além de amar a atividade que exercia, Claudineia afirma que o carinho que recebeu também serviu como uma grande motivação. “Eu ficava no portão esperando os alunos e, assim que eles chegavam, já vinham me abraçar. É um amor tão inocente e tão bonito que acaba nos cativando cada vez mais. Isso me motivou a estudar para entendê-los e ajudá-los e, felizmente, foi isso que aconteceu durante essa minha trajetória”, diz.
Durante essas duas décadas, a pedagoga atuou como inspetora, auxiliar de secretaria, secretária, coordenadora de projetos, coordenação geral e, por último, diretoria geral – cargo que ocupa há seis anos.
“Eu não imaginava ficar durante todo esse tempo mas acredito que, quando Deus tem algo para nossa vida, Ele espera que façamos aquilo que Ele nos pede. Creio que esse é o meu propósito, lutar e fazer o melhor por nossos alunos. Eu já corri atrás de muitas coisas para trazer melhorias para a instituição. Consegui uma parceria com uma empresa, que promoveu toda a reforma e revitalização da Apae. Nós [os profissionais que atuam na Apae e eu] lutamos muito por este lugar”, relata.
Sobre a instituição
Ao todo, 300 alunos são atendidos pela associação. A diretora conta que parte do dinheiro para mantimento da Apae vem de uma subvenção da Prefeitura de Suzano. Além disso, a unidade conta com projetos de arrecadação, como o “Água Solidária” – em que os profissionais vão para os semáforos vender garrafas de água -, o projeto de arrecadação de tampinhas e lacres, organização de eventos a cada dois meses e, principalmente, a busca por parcerias.
Claudineia descreve os últimos trabalhos da unidade como ações gratificantes. Ela conta que o instituto foi muito impactado durante a pandemia da Covid-19 por conta da queda ou corte de renda das famílias dos alunos, estudantes que perderam algum familiar, e que as parcerias foram essenciais neste momento.
“Temos sim alguns problemas e passamos por muitas dificuldades, mas o amor supera tudo. Precisamos lutar cada vez mais por este espaço porque novas crianças estão chegando. Não vamos deixar de ter problemas , mesmo com eles, precisamos seguir. Eu corro atrás e tenho uma equipe linda que vai à luta comigo… E assim vamos levando, um dia de cada vez”, completa.
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