Atenção: Três casos de malária são confirmados em Suzano e em Mogi das Cruzes

Suzano e Mogi das Cruzes tiveram casos de malária confirmados nos últimos dias.
Segundo informações das secretarias de Saúde, são dois pacientes que possivelmente tiveram suas infecções na região e um outro que foi infectado fora do Brasil. Todos estão bem e em acompanhamento.

Segundo a Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes, “ambas [pessoas infectadas] estiveram envolvidas numa operação de resgate na Serra do Mar, entre os municípios de Biritiba Mirim e Bertioga, região conhecida por possuir diversas trilhas e cachoeiras visitadas pela população em busca de ecoturismo”.

O primeiro caso se trata de um morador de Mogi das Cruzes que foi notificado no dia 22 de novembro de 2023. A suspeita é que a infecção tenha ocorrido ou na Cachoeira Véu da Noiva, na região de Biritiba Mirim, ou na Cachoeira do Elefante, entre Mogi das Cruzes e Bertioga, as duas localizadas na Serra do Mar.
Ele necessitou de hospitalização em São Paulo.

O outro caso, notificado em 23 de dezembro de 2023, apresentou sintomas, mas teve um quadro melhor, podendo se dirigir para o Instituto Emílio Ribas, em São Paulo. Se trata de um bombeiro de 42 anos, morador de Suzano, que esteve em área de Mata Atlântica próxima ao litoral durante uma operação.
Segundo a Saúde Municipal, o paciente se encontra em tratamento, sem internação, e deverá ser acompanhado.

O local exato de contaminação de ambos ainda é tido como indeterminado, conforme ficha de notificação emitida pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

A Prefeitura de Suzano ainda confirmou outro caso, que também está em acompanhamento, de um engenheiro agrônomo de 33 anos que voltou de viagem à Angola, de onde já veio em tratamento contra a doença no último mês de novembro de 2023.

Apesar da doença, ainda não há temor, por parte das pastas de Saúde da região, que o caso se trate de uma transmissão urbana, uma vez que a suspeita é que os casos tenham ocorrido nessas áreas de mata.

O Departamento de Vigilância em Saúde de Mogi das Cruzes está monitorando a área de possível infecção e também está analisando se outras pessoas não apresentaram algum sintoma da doença. Diante das notificações, a Coordenadoria de Zoonoses da Prefeitura de Suzano ressaltou que também já realizou a busca pelo mosquito Anopheles no município, com resultado negativo para sua existência.

A Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes também fez questão de orientar que o uso de roupas compridas, que cubram a maior parte do corpo, e de repelentes, constituem medidas de proteção indispensáveis para os que buscam os passeios entre as trilhas e cachoeiras da região.

O portal HojeDiario.com também pediu posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.

Malária e seus sintomas

A malária é uma doença causada por parasitas, transmitida para os humanos principalmente pela picada do mosquito Anopheles, também conhecido como “mosquito prego”. A doença é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema mundial de saúde. No Brasil, a grande maioria dos casos ocorre na região da Amazônia. 

Entre os principais sintomas da malária estão febre, cansaço, mal-estar, enjoo, tontura, dor de cabeça, dores no corpo, perda do apetite e pele amarelada. Os primeiros sintomas costumam aparecer de 10 a 15 dias após a picada do mosquito.

Se a malária demorar para ser diagnosticada e tratada, a forma grave da doença pode causar cansaço extremo e outras complicações, devido à anemia, além de comprometimento de órgãos e sistemas e até mesmo alteração de consciência.

Prevenção

Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:

  • Uso de mosquiteiros;
  • Roupas que protejam pernas e braços;
  • Telas em portas e janelas;
  • Uso de repelentes.

Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:

  • Borrifação residual intradomiciliar;
  • Uso de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração;
  • Drenagem e aterro de criadouros;
  • Pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
  • Limpeza das margens dos criadouros;
  • Modificação do fluxo da água;
  • Controle da vegetação aquática;
  • Melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
  • Uso racional da terra.